quinta-feira, 27 de setembro de 2012

NA MÍDIA: Jornal Hoje (TV Globo); Médicos alertam para o cuidado no diagnóstico de doenças psicológicas

 Depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e déficit de atenção são algumas dessas doenças

Todo dia alguém é diagnosticado com as chamadas doenças do comportamento: depressão, síndrome do pânico, ansiedade. Os médicos alertam que uma avaliação incorreta pode prejudicar muito o paciente.
 
São muitas as doenças do comportamento, como transtorno bipolar, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, depressão e transtorno de déficit de atenção.

“Um fenômeno interessante que acontece é que pacientes, antes de vir a consultório, entra na internet para ver sintomas que eles têm, características que eles têm, então ele já vêm com o diagnóstico preparado”, explica o psiquiatra Leonard Verea.

Dá até para entender que tanto acesso à informação influencie as pessoas, mas o terapeuta ou o médico não podem cair nessa, porque as consequências são sérias. Remédio errado não só não cura como piora os sintomas. “Uma pessoa depressiva começa a ficar mais irritada. Ela continua depressiva, mas fica mais irritada, o nível de tolerância dela diminui, então ela fica mais impaciente”, completa o especialista.

Hoje é comum ouvir que o menino ou menina tem déficit de atenção. “No Conselho Regional de Psicologia identificamos um aumento de 1.400% na compra, pelos equipamentos públicos, do medicamento usado para o tratamento desse transtorno. Leva a tolerância, podendo inclusive levar dependência química na adolescência e fase adulta”, diz o psicólogo Luís Saraiva.
A auditora fiscal Sandra Déco penou com diagnóstico errado. No começo, os médicos disseram que era uma depressão, que dava para curar apenas com terapia. Não deu certo e ela ficou meses sofrendo. Sandra tinha também o transtorno bipolar. “Tem que procurar a coisa certa. Se não se acaba por dentro e por dentro é pior do que externo”.

São muitas as doenças do comportamento, como transtorno bipolar, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, depressão e transtorno de déficit de atenção.

Todo dia alguém é diagnosticado com as chamadas doenças do comportamento: depressão, síndrome do pânico, ansiedade. Os médicos alertam que uma avaliação incorreta pode prejudicar muito o paciente.
  
Aos que perderam a matéria do Jornal Hoje (TV Globo), de hoje sobre o risco de um diagnóstico errado de doenças de comportamento, segue o link. 

Temos o Cérebro na Prisão

Porque a cada transgressão existencial nos sentimos perdidos e em conflito conosco? É nessa escolha de vida a causa dos nossos sofrimentos. Submissos como somos dos padrões e das normas que regulam a nossa sociedade, somos expostos as suas chantagens. Continuando a nos questionar sobre o que é bom ou ruim, arriscamos de viver sempre com o “ Livro das regras “ nas mãos.


Ao lado do senso de culpa convivem outros sentimentos que o definem e o completam. São emoções que tendem a bloquear qualquer fantasia que nos estimule a “soltar as amarras” e a viver plenamente. Os códigos da sociedade regulamentam a nossa vida: fazemos de tudo para que os outros nos aprovem, precisamos nos espelhar sempre em algum modelo de referencia e temos sempre a idea fixa de ficar melhor. Se a nossa vida é assim, temos os sensos de culpa sempre ativados e não temos alternativa.


Nietzsche mostra como isso tudo atinge o homem que busca a vida perfeita e sempre de acordo com todos, que ele define como o “o encantamento da sociedade e da paz”. O encantamento social que nos prende é um emaranhado de códigos, regras, proibições explicitas e não, chantagens emocionais...um mundo onde fazemos distinção entre o Certo e o Errado, onde buscamos os erros cometidos para depois nos culpar deles. Este é o resultado dos muitos modelos familiares, religiosos, culturais, que nos condicionam e que agem na nossa mente continuando nos dizendo o que é o Bem e o que é o Mal, se o nosso comportamento é aceitável ou não, se quem fica por perto aprovaria a nossa atitude ou não, dificultando ao nosso instinto sugerir como viver e ao nosso intuito de nos guiar como uma bússola entre os imprevistos da existência. O senso de culpa do ser humano é uma conseqüência da separação do nosso passado, da dificuldade em conviver com ele e de novas situações conflitantes que temos dificuldade em absorver.


Na realidade o nosso cérebro é curioso, criativo e faria um continuo “zapping”, assim como na TV, entre os diversos canais da vida: quando não gosta de algo, quando é repetido, mudaria para algo novo. Nos não, não nos sentimos preparados para pular existencialmente de um canal para o outro, acreditamos de ter que respeitar sempre a imagem que demos, sem nos distanciar desta idea. Talvez a temos construído com esforço e desgaste, suamos para fazer com que os outros nos aceitem e nos aprovem. É nesse momento que entra em jogo o senso de culpa para agir como um freio de mão: inibir qualquer iniciativa um pouco fora das regras, nos manter dentro das fileiras, fazendo com que as nossas ações sejam sempre dentro um nível conhecido e aceito e controlável.


Existe uma grande diferença entre uma poça e o mar aberto. A primeira é feita de água “morta”, sem surpresas. O segundo é um mundo em movimento, onde as ondas, o vento e as correntezas tornam muito vivo e imprevisível o fluxo da água. O senso de culpa tem a função de nos deixar longe do mar aberto, de não nos deixar nem conhece-lo, de estacionar em um espaço tranqüilo, onde não se machuca ninguém e se fica alí, junto com os outros. Mas é uma situação que mata a alma e a sua criatividade, que impede de amadurecer e descobrir as próprias potencialidades e autonomias para poder se separar do cardume.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Jornal Hoje

Amanhã tem matéria especial no Jornal Hoje (TV GLOBO), com o Dr. Leonard Verea, sobre a importância de um bom diagnóstico pisquiátrico em doenças como ansiedade, depressão, bipolaridade, síndrome do pânico. Não Percam!



Melhore sua vida já - seja mais segura de si


O Carnaval está longe, mas pode nos ajudar a entender melhor  atitudes que certas pessoas adotam: as fantasias. As pessoas se permitem uma vez por ano usar uma máscara, uma fantasia diferente daquela que usam no dia a dia. O erro que fazemos, às vezes, é achar que um “disfarce” que usamos eventualmente, seja o nosso verdadeiro semblante.

Temos atitudes, temos um papel, que por vaidade ou por medo dos outros usamos para nos adaptar ao ambiente ou para tentar enfrentá-lo. É um comportamento inicialmente inconsciente, que não percebemos, mas que com o tempo acreditamos ser o “nosso jeito”. A partir daí nascem problemas: aquela sensação de vazio da qual não entendemos a origem e aquele sentimento de ansiedade que nos acompanha são a origem da depressão e das crises de pânico que vitimizam muitos de nós.

Quanto mais formos naturais, mais a nossa essência vai nos levar a atingir o objetivo. Emoções que sentimos, mal-estares que percebemos, uma sensação interna nos transmite permanentemente o que fazer e como agir diante daquela específica situação. Deixemos essa voz interna se manifestar, calando as opiniões absorvidas pelos outros para que nos tornemos mais firmes e seguros.

Quanto mais nos deixamos levar pelos nossos instintos, mais somos verdadeiros e espontâneos

Quando refletimos muito, quando falamos muito conosco, projetamos uma ideia do que queremos, uma ideia que muitas vezes é diferente da realidade.
Isso nos desgasta: quando a distância que existe entre o que somos de fato e o que gostaríamos de ser é muito grande, vivemos conflitos muito intensos que diminuem demais a nossa tolerância às tensões e nos levam a alimentar mal-estar e desgaste.

Às vezes, a nossa essência leva ao fracasso cada relacionamento que tentamos porque não aceita o modelo que nos impomos de parecer e a forma como tentamos nos manifestar naquele momento. Essa insegurança, na realidade, nos poupa de um risco maior: perder a nós mesmos.

Em cada um de nós existe um ser único, inigualável, que quer viver sua vida, mas, às vezes, não aceitamos essa realidade e estragamos tudo. 
Ter humildade significa também aceitar que somos frágeis, inseguros e não necessariamente “destaques” da nossa escola de samba.

Quando nos sentimos mais inseguros e frágeis, o certo é conseguir deixar que cada parte do nosso corpo consiga se envolver com essa sensação, sem se opor e sem comentar naquele momento a própria vida e o próprio jeito de ser: 
aos poucos, uma sensação de profunda e intensa paz nos envolve e nos deixa mais tranquilos e serenos.

A vida é renascimento e mudança contínua. Precisamos aprender a aceitar essa realidade, nos adaptando e deixando de lado todas as posturas rígidas demais. O segredo é conseguir renascer a cada dia e não carregar o passado como um lastro que nos atrase.

Vamos seguir algumas dicas para nos tornarmos mais seguros e confiantes:

– Vamos nos tornar um pouco mais crianças, deixando emergir essa nossa essência muitas vezes reprimida e mascarada. As crianças, que são mais espontâneas do que os adultos, enxergam além das barreiras inconscientes e ficam sempre mais próximas aos fatos. Elas soltam muito mais do que nós a imaginação e dão mais espaço àquelas vozes sábias e escondidas que carregamos conosco.

– Vamos eliminar aquele jeito “descartável” de lidar com as coisas e as pessoas e vamos redescobrir o valor afetivo de tudo aquilo que nos envolve. Se cuidamos das coisas e das pessoas, automaticamente cuidamos de nós.

– Vamos nos esquecer por um momento do relógio que nos acompanha e nos condiciona permanentemente para recuperar o verdadeiro ritmo da vida, aquele momento intenso, denso de significados, saboreando plenamente tudo o que vivemos.

– Vamos despertar dentro de nós os ciclos da natureza: nós também fazemos parte dela, mesmo que às vezes nos esqueçamos disso. Por isso sentimos em alguns momentos que estamos sem referências. Respeitando os ciclos naturais da vida, readquirimos espontaneidade e saúde.

– Vamos aprender a deixar passar, “a relevar” algumas coisas na vida: tudo segue. Ficar preso, rígido demais, mostra uma grande insegurança. Conseguir se “deixar levar” e deixar as coisas acabarem ajuda a fortalecer a confiança em si mesmo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vencendo o medo de não conseguir


Muitas vezes, o medo de errar limita nossa capacidade e conseguimos menos do que esperamos. Esse medo de errar desaparece quando percebemos que a vida não é uma série de obrigações, mas um caminho de contínuas descobertas.

Todos os dias, erramos e acertamos, perdemos alguma oportunidade ou a aproveitamos. Alcançar objetivos é matar um leão por dia, e isso assusta muito.
“Precisamos perceber que não existe nada de definitivo ou para sempre, não existem fracassos permanentes.”
“Quando alguma atividade que desenvolvemos não dá certo, ao invés de ficarmos deprimidos, vamos continuar, sem ficar nos julgando permanentemente.”

Com essa atitude mental, o fracasso deixa de ser um obstáculo que compromete nossa autoestima e se torna um estímulo para melhorar cada vez mais a “pontaria” no alvo de nossos objetivos. Com aprendizado, tornamos a flecha certeira, por mais que os obstáculos estiquem nosso arco.

Quando acontece o erro, questione-se: “aonde esse erro vai me levar”?

Algumas derrotas podem ser fundamentais. Talvez não fosse a hora, talvez não fosse o rumo certo. Precisamos aprender a ler as entrelinhas dos “acasos”, pois tudo acontece porque tem que acontecer. Nós atraímos, inconscientemente, tudo o que nos fará aprender, amadurecer, crescer. Se pensarmos no que temos atraído, talvez possamos aprender com menos dor.

Chico Xavier já dizia: “Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos começar agora e construir um outro fim”. A frustração por não termos conseguido atingir um alvo é natural, mas se nos limitamos a ver somente o que erramos corremos o risco de não valorizar todos os acertos, que certamente existiram. Vamos treinar a nossa sensibilidade para identificar, no meio dos resultados negativos, aquilo que existe de positivo e, a partir daí, recomeçar.

Temos que aprender a nos valorizar. A ajuda dos outros deve ser encarada, quando necessária, como uma muleta temporária, não como impossibilidade permanente de caminharmos com os nossos próprios pés. Quem quer se sentir emocionalmente cadeirante? Temos que aprender a enfrentar os desafios, valorizando os nossos próprios recursos, aceitando os medos e superando-os, sem fugir de derrotas, sem se cobrar perfeição, sem julgamentos limitantes.

Precisamos diminuir aquela sensação de solidão e de abandono

Elas muitas vezes acompanham os distúrbios e as doenças que vivemos. Precisamos ter um olhar menos crítico, mais “bondoso” com o que consideramos nossos inimigos interiores, nossos medos, nossas dificuldades, com o que pensamos serem os nossos “defeitos”. Todos esses aspectos da personalidade, se aceitos e valorizados, acabam por constituir a nossa unicidade, aquilo que possuímos de mais precioso.

Assim como os monstros da nossa infância desapareciam com o nascer do sol, os nossos medos desaparecem quando acendemos a luz de uma nova aceitação e confiança.
Herói não é quem faz coisas extraordinárias, mas aquele que consegue viver a vida com paixão e prazer. Amar a vida, mesmo quando parece que as coisas não dão certo, renovar a confiança.

Quando se vive como vítima, não se consegue atingir a meta prefixada, não se aproveitam todos os recursos de que se dispõe: delega-se a solução do problema a quem está ao seu lado, transmite-se ansiedade e insegurança a todos que estão ao seu redor.

Temos que aprender a criar formas pensamento de prazer, de otimismo, que serão os alicerces que nos sustentarão em momentos mais difíceis. Sempre que pensamentos pessimistas quiserem pintar a sua vida com cores escuras, pegue em sua alma uma paleta cheia de cores e dê à tela dos seus pensamentos o visual que você quer para a sua vida.

A Arte de viver juntos


Conta uma lenda dos índios sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

- Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.
No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves.
O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

-E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.

-Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.
Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

Então o velho disse:

-Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro.

Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizades e profissionais. Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas. A lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SHANA TOVÁ UMETUKÁ !

QUE TENHAMOS TODOS UM ANO DOCE. UM ANO COM SAÚDE, UM ANO CHEIO DE SATISFAÇÕES E COISAS BOAS ! 

Assistam ao video:


SHANA TOVÁ UMETUKÁ !
 

DR. LEONARD F. VEREA NARDI

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Olhar Interior



Ouvir e observar nossos estados emocionais, se feito de forma correta, pode produzir por si só a auto-cura. Aprender a se olhar por dentro significa procurar o nosso tesouro mais precioso. Muitas vezes utilizamos somente a inteligência de superfície, uma inteligência exterior, feita somente daquilo que é grudado em cima de nós. Aquilo que chamamos de “EU” é somente uma série de eventos que a vida depositou dentro de nós. Identificados neste “EU”, não conseguimos vencer nem enfrentar as dificuldades da existência.

Mas o homem tem uma alternativa, melhor do que qualquer ser vivo. Sabe fazer uma coisa: se olhar por dentro e olhar a si mesmo. E desta capacidade, específica do ser humano, deriva uma fundamental conseqüência, que é reconhecer a necessidade de mudar (se modificar, se transformar). Praticando, percebe que o simples fato de observar a si mesmo produz específicas mudanças nos seus processos interiores.

Começar a compreender que a observação de si mesmo é um meio para mudar é, por fim, um instrumento para despertar. Observando a si mesmo o individuo projeta de qualquer forma um raio de luz sobre os seus processos interiores, que até então se efetuavam em uma obscuridade quase que total. Somente quem se olha por dentro tem a possibilidade de mudar.

Vontade, determinação, esforço, sacrifícios... Nada disso nos ajuda a superar as dificuldades, o mal-estar. Para sair dele precisamos libertar aquilo que, sem saber, já possuímos. Para atingir esta capacidade, precisamos aprender o olharmos-nos por dentro com simplicidade, com atenção, com carinho, com humildade, aceitando sem negociar as respostas que encontraremos. Precisamos perceber o centro de nós mesmos, a nossa essência, o nosso verdadeiro “ser”, o lugar de onde não podemos nos perder.

Aprendemos a entrar conscientemente no permanente presente do nosso corpo: olhando-nos por fora, percebemo-nos por dentro. Ao observá-lo em momentos limite de gestualidade e de equilíbrio - a nossa própria comunicação não verbal -, conseguimos perceber e encontrar o nosso verdadeiro mundo interior.

Incontáveis fantasias, comportamentos e atitudes que nunca contaremos a alguém, um passado que gostaríamos esquecer... Muitas vezes temos um lado obscuro e escondido em nós que tentamos negar ou mascarar. Vamos então tentar observá-lo com um olhar neutro, sem julgamentos, sem críticas, para de repente perceberemos novos caminhos a serem percorridos na nossa vida. Vamos transformar este lado escondido em um aliado indispensável na nossa vida de todos os dias.

É difícil se livrar dos nossos maus pensamentos. Nunca conseguimos deixá-los longe e eles acabam estragando a nossa existência. Os maus pensamentos são os verdadeiros inimigos que prejudicam a nossa mente. E podem se tornar obsessivos, ocupando cada instante do nosso dia.

A Hipnose Dinâmica, através dos tratamentos, ajuda os pacientes a se livrarem destes quadros negros, transformando os medos, as emoções negativas, as fantasias auto - prejudiciais em energia criativa, prazer e bem estar. Ajuda as pessoas a responderem as constantes perguntas sobre o que estão fazendo de errado na vida, sobre o que não está certo, permitindo a recuperação da auto-estima e uma vivência melhor com as próprias emoções.

Com a Hipnose Dinâmica pesquisam-se as antigas imagens guardadas na mente, dando formas e conteúdo a elas, através da Comunicação Não Verbal, favorecendo a vitória sobre a ansiedade, ao pânico, podendo criar novas metas de vida e aumentando todos os limites, aprendendo a alcançar a felicidade.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Depressão




Estima-se que 8% das pessoas adultas em todo o planeta sofram de depressão e que 10 a 20% ainda serão vítimas desta doença em algum momento de suas vidas. A depressão, ao contrário do que muitos acreditavam, não é um estado de espírito ou humor, mas sim uma doença que se manifesta de diversas maneiras, podendo levar à morte. Considerado um problema psicossomático, com sintomas físicos evidentes, é uma enfermidade causada por alterações químicas no cérebro, que afetam as emoções podendo também prejudicar a capacidade mental. O cérebro é formado por inúmeras células que se comunicam entre si, através de substâncias químicas chamadas neurotransmissoras. No caso das pessoas com depressão, as substâncias químicas deixam de circular como deveriam.


Sintomas da Depressão
Os sintomas mais comuns são tristeza, desânimo, insônia, apatia, falta de alegria, de apetite (algumas pessoas tem aumento de sono e de apetite), falta de desejo sexual, preguiça - até mesmo de fazer atividades simples como tomar banho, assistir televisão ou ler jornal. Ou seja, nos quadros depressivos há uma diminuição geral do nível de energia da pessoa. Quando um indivíduo enfrenta um processo de depressão, ocorrem pensamentos pessimistas e repetitivos. O doente perde o interesse por coisas que gostava de fazer ou por pessoas com as quais apreciava conviver. O paciente depressivo não consegue se concentrar em uma leitura ou guardar na memória o que leu. Muitas vezes aparecem ataques de ansiedade, acompanhados por sudorese, palpitações e tremor. Os pensamentos obsessivos também são comuns: a pessoa sabe que eles não fazem sentido, mas não consegue tirá-los da cabeça.
Outra característica é que problemas que antes eram resolvidos com facilidade se tornam tarefas pesadas e difíceis. Situações que anteriormente eram agradáveis perdem a graça. Alguns casos desta doença se caracterizam por dores vagas e difusas pelo corpo ou na cabeça. O intestino pode ficar preso, a boca amarga, a pele envelhecida, os cabelos e as unhas fracas e sem brilho. Muitas pessoas não conseguem nem sentir alegria nem tristeza ("sensação da falta de sentimentos"). A vítima da depressão ainda pode ficar com "idéias fixas". As principais são as seguintes: achar a situação financeira ruim e sem perspectiva, além de sentir-se culpado por coisas que fez e que não fez no passado.
A maior parte dos casos de depressão surge em consequência de um acontecimento negativo: a perda de uma pessoa querida; uma demissão sem aviso prévio; um abandono traumático; nestes casos chamamos de forma reativa da doença. Quando não é possível identificar facilmente a origem do problema, chamamos de quadro endógeno: é a forma mais grave; a única para a qual o uso de medicamentos é necessário.
Uma outra diferenciação é entre a depressão monopolar e a bipolar, conhecidas antigamente como maníaco-depressiva. Na depressão monopolar, o humor se mantém negativo e é presente uma diminuição psicomotora com alterações do ciclo sono-vigilia. Já os que são atingidos pela forma bipolar alternam longos períodos de desespero com momentos de euforia incontrolável, nos quais a hiperatividade é muito intensa, junto com uma exagerada consideração de si mesmo.
A Cura da Depressão
 A boa notícia para quem sofre de depressão é que há inúmeras formas de tratamento. Os medicamentos antidepressivos são uma opção. Entretanto, uma excelente alternativa de cura para quem não quer se submeter às dosagens medicamentosas é o tratamento através da medicina psicossomática e hipnose dinâmica.


  Dr. Leonard Verea esclarece dúvidas sobre depressão


Pesquisas internacionais apontam que uma a cada quatro mulheres vai sofrer de depressão pelo menos uma vez ao longo da vida. Quais são as estatísticas brasileiras?
No Brasil, 20% da população já sofreu ou vai sofrer de depressão. Esse número tende a crescer pois a vida moderna está exigindo cada vez mais das pessoas.

Quais os principais sintomas de quem sofre de depressão?
Um dos principais motivos da depressão é a falta do prazer- de forma geral, é um sentimento de tristeza, de vazio, falta de prazer, insônia- mesmo se sentindo cansada. A pessoa não tem vontade de fazer nada, esses sintomas precisam estar presentes durante uma semana para que se caracterize depressão.

Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, o profissional, baseado nesses sintomas, dá o diagnóstico. A pessoa precisa aceitar procurar um profissional.

A doença é bastante associada a problemas graves, como morte de um familiar, problemas financeiros, divórcio, desemprego. Por que isso acontece?
Por todos os motivos citados acima, a pessoa não tem pique e acredita não ter fôlego para enfrentar todos esses problemas graves, e acaba perdendo a autoestima. É um ciclo contínuo de sentimentos ruins.

Mas nem sempre o problema se desencadeia a partir de fatos assim. Certo? Essas situações podem ser o fator desencadeante, mas há casos onde não há nenhum motivo aparente. Isso pode ser culpa de um desequilíbrio químico no cérebro, que deixa o humor em baixa? Explique como e porque isso acontece.
Sim, existe uma alteração nos neurotransmissores que prejudicam o equilíbrio do individuo. Há também estudos que provam que mulheres com alterações hormonais alimentam e desencadeiam problemas depressivos e voltam ao estado de equilíbrio com dosagem correta de hormônio.

Mas afinal o que contribui para que as pessoas fiquem cada vez mais deprimidas?
A má qualidade de vida, especialmente no mundo moderno, a sociedade do consumo, em que as metas são cada vez mais inacessíveis. Vivemos em um mundo em que precisamos mostrar serviço sempre. E esse desequilíbrio nos torna mais frágil, mais aberto e suscetível a desestima que evolui para depressão.

Pode-se dizer que esta é a uma das grandes epidemias do século? Por quê?
Sem dúvidas me uma das causas, especialmente pela exigência.

Porque é uma doença considerada incapacitante?
Porque pessoas deprimidas ficam incapacitadas de fazer qualquer tipo de ação. Ficam presas em seu mundo.

Quais os problemas e dificuldades que a depressão provoca na vida das pessoas?
Incapacidade em geral.

A depressão pode ser a porta de entrada para outras doenças? Por que e quais são elas?
Sim, pois a pessoa se torna mais frágil e sensível, com baixa imunidade e se torna mais suscetível a bactérias.

Muitas pessoas confundem tristeza com depressão. Qual a diferença entre elas e em quais sinais a pessoa deve ficar atenta para saber quando é hora de procurar ajuda?
Muitas pessoas confundem, mas a  tristeza é uma questão pontual que tem motivo. Já na depressão o indivíduo não tem motivo aparente. Uma pessoa deprimida não conversa olhando nos olhos, sempre de cabeça baia, enquanto uma pessoa que está triste te olha. A melhor maneira de perceber que a pessoa não está em seu estado normal, é a identificação de que ela está se desviando do seu ritmo normal, da sua rotina, normalmente os familiares próximos percebem essa mudança, pois a pessoa em si não percebe.

Como a pessoa que sofre de depressão deve agir para não se prejudicar a vida profissional? Como agir no trabalho?
Pessoas deprimidas não têm condições de ter uma vida ativa, pois vivem um quadro de desgaste físico e nervoso, por isso é preciso um diagnóstico clínico.

De que forma a pessoa pode virar  jogo e reagir à doença?
Hoje em dia está claro que  o remédio não é suficiente para tirar a pessoa do quadro depressivo, é necessário associação com terapia. A pessoa precisa se tratar, se cuidar, procurar um bom profissional. Uma abordagem mais assertiva é a terapia cognitiva comportamental e dentro desse processo, a terapia com hipnose dinâmica vem se mostrando altamente eficaz.

É importante assumir que está com o problema e falar sobre isso? Por quê?
Sem dúvidas, porque assumir o problema significa admitir a própria fragilidade e o fato de se expor o prepara para uma busca terapêutica.

Depois de se curar da doença, a pessoa deve continuar fazendo algum tipo de acompanhamento?
A pessoa deve ficar se policiando, o processo terapêutico é um processo de evolução e amadurecimento, então recebida a alta, o paciente precisa continuar com esse amadurecimento e evolução.

Comente de que forma as ações abaixo, aliadas ao tratamento médico, podem ajudar as pessoas a se curarem da depressão:
Não existe uma regra geral para todo mundo, todas essas atividades são válidas, porém cada indivíduo se identifica e se adapta mais com uma ou outra.

Gostaríamos de listar os cinco principais passos para se livrar da depressão. Preciso que você diga o “mandamento” e explique por que esse é um passo importante.
O indivíduo precisa se observar, se perceber, ter humildade para se aceitar com as próprias qualidades e defeitos, buscar sempre fazer mais e melhor, ser mais e melhor, e aceitar que nada é absoluto nesse mundo, tudo é “por enquanto”. A partir daí fica claro que a vida se reduz a opções, o indivíduo precisa perceber que ele vive fazendo opções, e que é uma renúncia sempre em troca de algo que julga melhor.


SERVIÇO:
Dr. Leonard F. Verea – médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Dinâmica. Especialista em Medicina do Trabalho e Medicina do Tráfego. É membro de entidades nacionais e internacionais. Atua como diretor do Instituto Verea e da Unicap.
11 5051 2055