quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tristeza x Depressão





Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.

 A  pessoa deprimida ou com predisposição, às vezes com uma chateação corriqueira, pode ser nocauteada e cair num abismo sem fim ou então, ser mais resistente, mas numa crise brava também vai pro abismo. Por que é assim mesmo que se sente um deprimido. Uma pessoa sem perspectiva de vida, sem amor próprio, pessimista, desanimada que não vê graça em nada a não ser no seu isolamento e luto em vida.  

 Na realidade este desânimo perante a vida não é falta de atitude e sim um mau funcionamento cerebral. Porque embora muitas pessoas acham que depressão é frescura, ela é uma doença, um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores (mensageiros químicos do impulso nervoso) responsáveis pelo controle do estado de humor. Tristeza  é um sentimento  que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. A tristeza pode causar reações físicas como depressão nervosa, choro e insônia. Todas as pessoas estão sujeitas a tristeza. É uma ausência de satisfação pessoal quando o pessoa se depara com sua fragilidade. A tristeza pode ser originada da perda de algo ou de alguém que se tinha de muito valor; É comum a tristeza ser descrita como  uma dor, ou como sentimento de incapacidade. 

A tristeza  pode aparecer como uma resposta a situações reais,  quando diante de fatos desagradáveis, aborrecedores, frustrações e perdas. Trata-se, neste caso, de uma resposta a conflitos íntimos e determinados por fatores vivenciais.  Uma reação a alguma coisa real e acontecida, à uma fonte externa que pode ser casualmente relacionada àquela reação. No entanto, é importante  atentar  para o aumento da ansiedade, baixa  da autoestima e alterações no sono e no apetite, pessimismo, sentimento de culpa e ideias de morte. A pessoa sofre de uma perda do interesse e prazer nas coisas, mas muitas vezes não é uma tristeza qualquer, é uma tristeza continua que ocorre diariamente, quase o tempo todo. Esses sintomas, separadamente, são comuns,  mas quando unidos e prolongados por mais de duas semanas, podem indicar um quadro depressivo. As ideias e crenças da pessoa deprimida são, frequentemente, negativas. 

Há   uma tendência em generalizar esses pensamentos negativos como achar que nada em minha vida tem sido bom, tudo que eu faço está errado, para mim tudo é mais difícil, isso só poderia ter acontecido comigo, ninguém gosta de mim. As generalizações pessimistas não levam em consideração o lado bom da vida. 

A perda de interesse ou prazer quase sempre está presente, pelo menos em algum grau nas pessoas com Depressão. A depressão é uma doença seria  e  causa malefícios tanto psicológicos quanto físicos. Resulta numa inibição "do organismo como um todo", afeta a parte psíquica, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física,  afeta o corpo,  altera o apetite e o sono, a forma como a pessoa se sente e como pensa.  Altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade. Não é sinal de fraqueza pessoal ou uma condição que possa ser revertida com força de vontade.



A depressão se apresenta como uma falta de gosto pela vida, como um transtorno afetivo e do humor. O indivíduo depressivo normalmente tem uma visão distorcida da realidade e não consegue perceber um futuro que seja prazeroso. Apresenta apatia frente aos diferentes estímulos que a vida lhe apresenta. A depressão é uma alteração no pensamento, uma quebra de raciocínios que antes seguiam uma linha e que agora mediante a este novo estado, começa a pensar e sentir de uma forma até mesmo incoerente. Perdendo um pouco o próprio sentido da vida, suas motivações e objetivos enquanto Ser Humano. Este transtorno não é apenas psíquico, também é físico na medida que há uma baixa na produção de serotonina, o hormônio que proporciona as sensações de prazer no corpo, sendo as vezes necessário medicamentos. Isso acontece na medida em que métodos de psicoterapia não são suficientes ou ter procurado um profissional depois de um certo tempo do sintoma se manifestar. 


A hipnose, possibilita diferentes articulações do pensar, o que pode proporcionar mudanças específicas, onde o indivíduo ao vir pensando de uma certa forma, um pensamento viciado, ou mesmo contagiado pelo problema da depressão, pode modificá-lo. O paciente precisa ver transformada suas formas de perceber a si mesmo, o mundo e seu próprio futuro; Do negativo para o positivo. Com a hipnose, é possível coloca-lo em diferentes situações no presente e futuro, onde possa se imaginar já com uma nova realidade. Ver-se em diferentes situações: em casa, com familiares, amigos, no trabalho, na rua ou no clube. O interessante é cobrir o máximo de possibilidades onde o paciente possa se ver nas mudanças de hábitos, pensamentos, comportamentos e nas suas diferentes interações humanas.  Na hipnose, também tem-se a possibilidade do transe, que é um pensamento direcionado, este proporcionará com ainda maior facilidade a mudança. Desta forma, pode-se ajudar o paciente a reaprender ou mesmo aprender novas formas de reagir frente aos diferentes estímulos, que até então eram de apatia. Como mais gosto, mais prazer, voltando à sua vida normal, conquistando um viver mais equilibrado.

A Depressão ao invés de se mostrar tipicamente com quadro clássico de tristeza, choro, indisposição, apatia,  pode se manifestar de diversas formas:
- Em sintomas físicos. Algumas pessoas expressam as  depressões  através dos órgãos e se apresentam  como dores vagas e imprecisas, tonturas, cólicas, falta de ar,formigamentos, palpitações,  que não são constatadas por exames médicos.
- Em doenças psicossomáticas. A depressão determina ou mesmo agrava certas doenças as quais podem ser confirmadas por alterações em exames médicos, como por exemplo, a diabetes, a hipertensão arterial, asma, alergias variadas, labirintite, etc.



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