segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Depressão, o mal do século




Com as mudanças ocorridas no estilo de vida, os transtornos psicológicos e psiquiátricos passaram a ocupar lugar de destaque entre os problemas de saúde pública do país. Segundo o estudo, entre 18% a 30% da população brasileira apresentam sintomas de depressão. A mortalidade por demência aumentou de 1,8 mil por 100 mil habitantes em 1996 para 10 por mil habitantes em 2013. A depressão não escolhe faixa social. Estima-se que 8% das pessoas adultas em todo o planeta sofram de depressão e que 10 a 20% ainda serão vítimas desta doença em algum momento de suas vidas. A depressão, ao contrário do que muitos acreditavam, não é um estado de espírito ou humor, mas sim uma doença que se manifesta de diversas maneiras, podendo levar à morte. Considerado um problema psicossomático, com sintomas físicos evidentes, é uma enfermidade causada por alterações químicas no cérebro, que afetam as emoções podendo também prejudicar a capacidade mental. O cérebro é formado por inúmeras células que se comunicam entre si, através de substâncias químicas chamadas neurotransmissoras. No caso das pessoas com depressão, as substâncias químicas deixam de circular como deveriam. É a doença do século, é o mal da humanidade, é o Ebola que mata lentamente. É a fraqueza em forma de lágrima, o grito que não saiu pela garganta, a dor que dói em linha reta e constante, pra nunca ser esquecida, o sorriso forçado, a palavra não dita, o pesadelo que virou realidade. Os sintomas mais comuns são tristeza, desânimo, insônia, apatia, falta de alegria, de apetite (algumas pessoas tem aumento de sono e de apetite), falta de desejo sexual, preguiça - até mesmo de fazer atividades simples como tomar banho, assistir televisão ou ler jornal. Ou seja, nos quadros depressivos há uma diminuição geral do nível de energia da pessoa. Quando um indivíduo enfrenta um processo de depressão, ocorrem pensamentos pessimistas e repetitivos. O doente perde o interesse por coisas que gostava de fazer ou por pessoas com as quais apreciava conviver. O paciente depressivo não consegue se concentrar em uma leitura ou guardar na memória o que leu. Muitas vezes aparecem ataques de ansiedade, acompanhados por sudorese, palpitações e tremor. Os pensamentos obsessivos também são comuns: a pessoa sabe que eles não fazem sentido, mas não consegue tirá-los da cabeça.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Tristeza não é depressão





Identificar os sintomas logo no início garante um tratamento mais eficaz

Chamado o Mal do século, A Depressão atinge cada vez mais pessoas de todas as idades: Crianças, jovens, adultos e idosos. Só no Brasil, afeta mais de 36 milhões de pessoas. De acordo com a Organização Mundial de saúde (OMS), em 2020, a depressão será tão comum quanto a dor nas costas. Apesar disso, muitos pacientes nem se dão conta de que possuem a doença, que muitas vezes é confundida com tristeza.

A tristeza profunda não é caracterizada por uma doença e pode ocorrer motivada por algum acontecimento, como por exemplo, a morte de uma pessoa querida. O que difere da depressão é tempo de duração e a intensidade, que são menores.


O que acontece no Organismo
Quando o quadro se instala, se não for tratado corretamente, a depressão pode levar meses para desaparecer. A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse, absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e corrente elétricas. Dessa forma, são essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, chamado neurotransmissores, que vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.

E, na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.

O Mal do Século
A pessoa deprimida ou com predisposição, ás vezes com uma chateação corriqueira, pode ser nocauteada e cair num abismo sem fim ou então, ser mais resistente, mas numa crise “brava” também vai para o abismo. Por que é assim mesmo que se sente um deprimido. O depressivo torna-se uma pessoa sem perspectiva de vida, sem amor próprio, pessimista, desanimada que não vê graça em nada a não ser no seu isolamento e luto em vida.

E esse desânimo não é falta de atitude e sim de um mal funcionamento cerebral. Embora muitas pessoas acham que depressão é frescura, ela é uma doença, um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores. E há diversos fatores que causam as síndromes depressivas. Podem ser fatores biológicos, genéticos ou neuroquímicos.

Do ponto de vista patológico, as síndromes depressivas têm uma relação fundamental com as experiências da perda. As reações surgem com muita frequência após perdas significativas: de uma pessoa muito querida, de um emprego, de um local de moradia, do status sócio-econômico ou de algo puramente simbólico, como também frustrações, decepções no trabalho e estresse.

As síndromes depressivas são, atualmente, reconhecidas como um problema prioritário de saúde pública, sendo considerada a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas de saúde.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Matéria hoje no Jornal da Cultura

Hoje, a partir das 21hr. Dr. Leonard Verea estará no Jornal da TV Cultura falando sobre Depressão. Não percam!!


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Dr. Leonard na Rádio Estadão

Amanhã, a partir das 09h, Dr. Leonard Verea estará ao vivo na rádio Estadão. Não percam. Pauta bem interessante sobre depressão e saúde mental.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Quase um quarto dos brasileiros sofre de depressão pós-férias





Você acaba de voltar das férias e já sente uma falta de energia inexplicável, dores no corpo e um desânimo enorme ao cumprir suas obrigações? É bem provável que você esteja com depressão pós-férias, mal que aflige 23% dos brasileiros, segundo estudo realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse.

https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1483353713994Entre os participantes com diagnóstico de depressão pós-férias, os sintomas mais comuns foram dores musculares, incluindo cefaleia (comum a 87% deles), cansaço (83%), angústia (89%) e ansiedade (83%). Do total, 68% afirmaram usar medicamentos e 52% citaram o consumo de álcool como forma de aliviar o mal-estar.
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A depressão pós-férias não deve ser confundida com o desconforto da segunda-feira, ou após um feriado prolongado, que produz sintomas menos intensos e duradouros.

O mal-estar na volta ao trabalho não costuma durar mais do que duas semanas, tempo que corpo e mente levam para se readaptar à velha rotina. Mas os sintomas são um indicativo de descontentamento com o ambiente de trabalho ou com o próprio ofício.

- Por que alguns pacientes têm?
Isso é muito comum e acontece com mais de 20% das pessoas. Para algumas pessoas, o retorno às atividades gera grandes problemas físicos, emocionais e comportamentais. Falta motivação para levantar, para fazer a barba e até para escolher a roupa para ir trabalhar. Tudo fica difícil, complicado, a pessoa demora mais para fazer qualquer coisa, fica mais preocupada, desmotivada, irritada.

- Quais são os sintomas?
Os principais sintomas físicos são dores musculares, cansaço, insônia, problemas gastrintestinais e sintomas emocionais são angústia, ansiedade, culpa, raiva.

- Quanto tempo é normal durar a depressão pós-férias?
Em média, duas semanas, pois é o período de adaptação do corpo a uma rotina que o trabalhador não estava mais acostumado.

- É possível amenizar esses sintomas?
Vale lembrar que a depressão pós-férias é caracterizada por uma insatisfação anterior no trabalho. Portanto, não acontece de forma súbita, é resultado de um sofrimento que já era percebido antes e que se manifesta com mais intensidade após o período de descanso. Portanto, é importante ficar atento ao dia a dia. Curtir o período de férias sem a angústia do dia da volta é o melhor remédio.

- Quando é preciso procurar ajuda?
As causas mais comuns da depressão pós-férias são insatisfação profissional, falta de possibilidade de promoção ou aperfeiçoamento profissional, ambiente hostil ou não-confiável e conflitos interpessoais no trabalho. Desse modo, talvez seja uma boa hora de avaliar qual é o foco do problema e, se for preciso, pensar em mudar de emprego ou buscar a ajuda de um especialista. O importante é que o trabalho e a rotina não se transformem em motivo de sofrimento.

- O que fazer para evitar (atitudes que podem ser tomadas antes e depois das férias)?
É importante ter calma, pois aos poucos, tudo volta ao normal e o desempenho pode até melhorar com as baterias recarregadas. Uma boa tática para retomar o ritmo e controlar esses sentimentos é listar os pontos a serem checados após as férias e conversar com a chefia e os colegas para entender os movimentos da empresa no período de ausência, utilize a vitalidade conquistada no período de férias a seu favor no ambiente de trabalho.

SERVIÇO:
Dr. Leonard F. Verea – médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão, Itália. Especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Dinâmica. Especialista em Medicina do Trabalho e Medicina do Tráfego. É membro de entidades nacionais e internacionais. Atua como diretor do Instituto Verea e da Unicap.
11 5051 2055